Este trabalho tem em sua temática de estudo o fenômeno da monotongação e da ditongação à luz dos pressupostos teóricos da fonética acústica. Objetiva-se descrever fenômenos vocálicos e consonantais na fala da mesorregião do Oeste Potiguar utilizando ferramenta computacional Praat. Justifica-se, desse modo, pela necessidade de desenvolver pesquisas na mesorregião do oeste potiguar, levando e consideração as variações linguísticas existentes. Este trabalho se baseia, principalmente, nas concepções teóricas Silva et al (2019), Teixeira et al (2006); Seara, Nunes e Volcão (2015); Almeida e Oliveira (2017). No tocante ao processo metodológico, ressalta-se que os dados foram disponíveis do corpus C-poti, já existente no Grupo de Estudo em Linguística Computacional (GELC), contendo entrevistas de duas faixa etária – 18 a 30 e 31 a 64, do sexo masculino e feminino, do Estado do Rio Grande do Norte (RN), especificamente nas cidades Patu, Caraúbas e Apodi. Essa escolha foi feita pela impossibilidade de entrevistar os informantes no período de pandemia. Posteriormente, os procedimentos seguidos foram em duas fases: primeiramente, houve a segmentação das palavras utilizando o Praat; seguidamente, para obtenção das resultados, verificou-se os efeitos do formantes na duração das duas variáveis a linguagem R. Feito a aplicação dos dados no R, observou-se que os valores para F1 aumentam quando a duração dos segmentos aumentam, ou seja, o aumento de F1 está diretamente proporcional a duração. No entanto, isso parece regular apenas numa duração entre 0.1 ms a 0.250 ms. Verificou-se que os valores de F2 diminuem em função da duração. Quando a duração dos segmentos aumenta, ocorre redução de F2, a frequência diminui. Esses resultados podem levar a conclusões equivocadas de que a produção dos segmentos [a] e [e] apresentam duração em função desses formantes. Outros fatores também influenciam, como a idade, sexo, contexto do segmento. Todavia, é pertinente ressaltar que as informações apresentam certa correção entre o aumento de frequência dessas vogais e a duração, uma vez que os valores de F1 são definidos pela posição da língua na emissão do som.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas